sábado, 25 de janeiro de 2014

Saint Seiya - Capítulo 1: O Santuário

Está foi e é uma das obras mais importantes que passaram pela minha vida. Talvez este texto seja irrelevante, eu já falei de cada um destes treze volumes de forma individual nos históricos de leitura do Skoob. Mas eles juntos compõem um cinco páginas de texto, ficaria um pouco grande demais para uma postagem do blog. Mas as considerações que eu quero fazer são mais de caráter geral, e eram difíceis de encaixá-las entre os acontecimentos das estórias individuais. Assim como a maioria das pessoas aqui no Brasil eu conheci Saint Seiya através do anime, e do título que ele recebeu aqui. Mas eu prefiro usar o título original, não gosto do nacional (e que venham os haters) dentre outras razões por me remeter muito ao anime. E agora devem vir ainda mais haters, mas depois de ler estes 13 volumes do mangá eu passei a sentir vergonha do anime. E as razões para isso são muitas. Não é que eu não goste do anime, eu gosto, mas tem muitos pontos dele que envergonham o mangá pelo que fizeram com a sua estória. E como a maioria das pessoas eu assisti ao anime antes de ler os mangás, por isso é até bem difícil escrever sobre a minha experiência com este mangá sem fazer algumas muitas comparações.
Se comparado ao anime de início todas as diferenças são irrelevantes, mas algumas entram e fazem a estória ter muito mais sentido, e então vêm aquelas que em mim geraram um pouco de revolta por terem acontecido. A principal mudança foi a de no anime terem usado personalidades e caráter diferente dos do mangá em muitos personagens. Mas a raiva que eu senti por isso só me deixou mais apegado a este mangá, é como quando decidimos o que tem valor para nossa vida e queremos sempre do nosso lado nos acompanhando por onde quer que andemos.
Por ser um mangá Shonen seu público alvo é o de garotos a partir dos 13 ou 14 anos. Embora se um garoto destes não for muito maduro, eu acho que parte da mensagem de Saint Seiya se perderá, mas este é apenas um lado da moeda. O outro lado da moeda é que esta é uma estória sobre adultecer, a maior parte da sua mensagem central gira em torno disso. É sobre adultecer no sentido de superar as mágoas e feridas do passado, formar o seu caráter, e prová-lo em prova de fogo, de vida e morte. Sartre uma vez disse “Não me interessa o que a vida fez de você. Interessa-me o que você fez com o que a vida fez de você”, isso é muito relevante, pois quando se é jovem que real perspectiva se tem da vida? Quantos ao olharem apenas para os seus próprios sofrimentos não se julgam nascidos sob maldição? E quantos realmente apesar de todo tipo de pancadas que levaram da vida não desistiram de continuar e nem abandonaram seu caráter. Mas nisso até parece que estou citando Rock Balboa, muito embora seja o melhor de todos os exemplos para se falar sobre a vida. Apesar de o público principal dessa estória ser dos 13 ou 14 anos, eu me sinto agradecido e abençoado por tê-la lida hoje aos 25 anos de idade. Nunca é tarde de mais para começar a amadurecer e a adultecer.
Uma lição importante (talvez a de maior valor) que encontrei aqui é que o caráter vem antes crença, espiritualidade ou religião, ante ao caráter de um ser humano essas coisas são pequenas e insignificantes. Mas não são somente das questões de fé que me refiro, e sim a praticamente todas as escolhas e diferenças que temos neste mundo e nesta vida. Outras duas tão importantes quanto são a de amar este mundo e a humanidade, e nunca desistir de tentar restaurá-la, por mais distorcida ou imunda que ela esteja, mesmo que seja muito difícil de vê-la ou reconhecê-la. Ao fim dessa leitura há uma certeza que não consigo e nem quero negar ou questionar: O meu caráter não pode ser aqui e agora o mesmo que era antes, e isso não deve ficar apenas em mais um discurso frio, isto deve ser visto por aqueles que também precisarem de transformação. Muito eu já me emocionei e aprendi com tudo que encontrei aqui, e tenho forte convicção de que ainda encontrarei muito mais que irá transformar ainda mais minha vida.
Como quando escrevi sobre o The Lost Canvas Gaiden, aqui embaixo estão aos interessados às imagens das capas destes treze volumes com as respectivas datas em que os li, e os links do Skoob de cada um deles onde estão os meus históricos de cada uma das leituras.

Saint Seiya #01

26-09-2013

Skoob

Saint Seiya #02

29-09-2013

Skoob
Saint Seiya #03

05-10-2013
Saint Seiya #04

06-10-2013
Saint Seiya #05

27-10-2013
Saint Seiya #06

29-12-2013
Saint Seiya #07

13-01-2014
Saint Seiya #08

14-01-2014
Saint Seiya #09

21-01-2014
Saint Seiya #10

22-01-2014
Saint Seiya #11

24-01-2014
Saint Seiya #12

25-01-2014

Saint Seiya #13

26-01-2014

Skoob



Leia também Capítulo 2: Poseidon (Em Breve), Capítulo 3: Hades (Em Breve).

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